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“E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo, a orar; um fariseu, e o outro publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lucas 18: 9-14).
INTRODUÇÃO.
Jesus nunca aceitou aqueles que se dizem muito correto e santo. Milhões confiam em si mesmos, alguns na sua religião, outros em sua denominação. Tais pessoas, em sua maioria sempre estão julgando a vida dos outros. Jesus deixa bem claro qual é o propósito desta parábola. Vamos começar descrevendo quem eram os dois protagonistas desta parábola.
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QUEM ERA O FARISEU?
O nome FARISEU significa separado, afastado. Era membro de um dos principais grupos religiosos dos judeus. Os fariseus seguiam rigorosamente a Lei de Moisés e as tradições e os costumes dos antepassados (Mateus 23: 25-28). Acreditavam na ressurreição e na existência de seres celestiais (Atos 23: 8). Os fariseus não mantinham comunhão com os SADUCEUS que não criam na ressurreição, nem nos anjos, muito menos no espírito, mas se uniram com eles para combater Jesus e os seus seguidores (Mateus 16: 1). Apesar de estarem separados, viviam também no meio do povo para ensinar sobre as Escrituras. Entendemos então, que ser um fariseu era um privilégio e uma honra. Porém, alguns deles, iludidos pela aparente santidade, tornavam-se arrogantes e cruéis no julgamento. Esta postura os conduzia a vários erros e Jesus por varias vezes os chamou de hipócritas (Mateus 23: 25-28), vejamos alguns dos seus erros conforme o texto lido:
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ORAVA CONSIGO MESMO (Versículo 11a). Quem julgou a oração do FARISEU foi o próprio Senhor Jesus: “NÃO FOI JUSTIFICADA, O QUE SE EXALTA SERÁ HUMILHADO”. Todo aquele que se julga estar acima dos outros, a sua oração não tem valor diante de Deus. Quem age desta forma, declara através dos seus atos que não precisa de Deus. Ele age como se fosse o próprio Deus julgando a vida e a postura dos outros. Julga já possuir, aos seus próprios olhos um o STATUS ESPIRITUAL que lhe dá o direito de julgar: O PRÓXIMO, O PRESBITÉRIO, A IGREJA e assim vai.
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SUA REFERÊNCIA SÃO PESSOAS E NÃO DE DEUS (Versículo 11b). “Porque que não sou como os demais homens”. O fariseu se sentia confortável em relação à sua condição espiritual porque ele se comparava com os homens e não com Deus. O pecado na vida dos outros fazia com que ele se achasse melhor e mais santo.
A verdadeira santidade é produzida no coração do homem, e o primeiro reflexo da santidade genuína é AMAR O PRÓXIMO. Isto faltava, tinha profundo conhecimento da Lei, mas lhe faltava amar o próximo. Para que possamos ser JUSTIFICADOS precisamos ter um coração cheio do AMOR E DE HUMILDADE PROVENIENTE DE DEUS.
“E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria” (I Coríntios 13: 3).
"Semelhantemente vós, mancebos, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes" (I Pedro 5: 5).
Aquele que é verdadeiro nunca se compara e nem julga a ninguém, antes se apresenta diante de Deus com um coração humilde. A nossa referência deve ser sempre a Palavra de Deus.
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QUEM ERA O PUBLICANO?
Era um Judeu que cobrava impostos para o governo romano. Era desprezado por trabalhar para um dominador estrangeiro e por ser geralmente desonesto (Lucas 3: 12-13; MATEUS e ZAQUEU). Estes Judeus eram odiados pelos judeus pelo trabalho que exercia em favor dos Romanos a que o povo não queria honrar. Eram desonestos porque cobravam além do que era justo. No entanto, este publicano citado na parábola tem a sua consciência pesada por causa dos seus erros. Sua atitude o aproxima do Senhor em busca de perdão e misericórdia. Esta sua postura o fez ter grandes acertos, vejamos:
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ORAVA A DEUS (Versículo 12b). “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”. A oração do publicano era profunda e expressava a realidade do seu coração. Era um pecador, mas não era um hipócrita. Batia no peito com grande intensidade. A sua oração sincera clamava por misericórdia e perdão. Ele sabia da sua condição e clamava por socorro divino. Este estava totalmente desprovido da justiça e dos méritos humanos, não podendo se apoiar em absolutamente nada. Só lhe restava à misericórdia e o perdão do Deus Todo Poderoso.
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ESTAVA CONSCIENTE DE QUEM ERA (Versículo 12b). “Pecador... nem ainda queria levantar os olhos ao céu (Versículo 12a)”. O começo da restauração na vida de um homem é quando ele reconhece a sua condição e admite os seus erros e suas fraquezas. O Publicano acertou porque ele não queria mais viver na prática do pecado. Foi uma atitude consciente. Reconheceu que era necessário buscar socorro divino. Seu pecado lhe causava vergonha.
Nossas orações devem ter por objetivo falar ao coração de Deus. Com sinceridade, reverência e humildade, devemos estar certos de que seremos ouvidos. Ele nos ouvirá, não por nossa justiça, mas por não resistir a um coração verdadeiramente quebrantado.
CONCLUSÃO.
Somente um dos dois pôde voltar para casa justificado; e esse alguém foi o publicano. Ser justificado significa ter sido declarado justo. O fariseu a si mesmo se declarou justo, dizendo não ser pecador e que era praticante de boas obras. Porém, somente o publicano foi declarado justo por Deus. Essa graça foi alcançada porque ele a buscou não das mãos dos homens, mas das do próprio Deus.
Pastor Luis Antonio de Carvalho
Voltando para casa justificado
